terça-feira, 18 de maio de 2010

A empáfia e a matemática

Por Ricardo Araujo,

Essa semana após mais um capítulo da novela “Projeto Morumbi”, uma luz, tênue mas alvissareira, iluminou o túnel escuro em que se encontra o projeto da sede paulistana.

A Fifa finalmente deu o sinal verde para o projeto proposto pelo SPFC. Sem dúvida, representa um passo adiante no desembaraço desse “imbroglio”, mas não tanto quanto o clube quer fazer crer. Primeiro, porque a Fifa se mostrou reticente quanto ao Morumbi sediar a abertura do mega evento, citam apenas a possibilidade da realização de uma semifinal, e, principalmente, porque vinculam essa “aprovação” a apresentação das garantias dos recursos para a reforma.

Entrevistado sobre o assunto, o presidente do clube, dentro do tom habitual, declarou que o clube possui todas as condições de assumir os custos das reformas, orçadas em R$ 400 milhões, que serão obtidos via recursos privados e junto ao BNDES. Não deu maiores detalhes sobre isso (vagamente fala-se na venda de 16 futuros camarotes…), mas terá apenas mais alguns poucos dias para convencer a Fifa e detalhar as fontes desses recursos.

E conclui a entrevista dizendo que o estádio está com 83% das necessidades concluídas. Bem, podemos concluir então que os 17% restantes irão consumir os tais R$ 400 milhões, certo ?

Nesse caso, talvez eu esteja fraco em matemática, mas se para reformar 17% do Morumbi serão necessários R$ 400 milhões, quanto seria necessário para construir um Morumbi novo ?

Basta uma simples regra de 3 para percebermos que essa matemática não confere, mas na verdade, não é de reforço em matemática que precisamos, e sim de mais transparência.

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